quinta-feira, 16 de abril de 2015

Domini-bus


Ou-nibus: diletante ser que hora passa, hora não passa
Cão-nibus: aquele que morde as calçadas, mijando as poças nos pés distraídos
Chão-nibus: senhor das curvas agressivas, freadas desnecessárias
Féu-nibus: de amargas horas, visceral contrariedade
Pau-nibus: resvalado, por caras "de paisagem", em bundas, bolsas e coxas
Léu-nibus: do acostamento da vaidade à carência da vontade, ausentado
Mel-nibus: rastro delicado de silêncio entremeando-lhe energia
Seu-nibus: força sugadora de atenção, provedora de alegria
Céu-nibus: pedaço azul, ponte, vastidão, novo horizonte
Véu-nibus: bilhete unívoco, inequívoco caminho
Prole-bus: renovada essência, multiplicada existência
Duro-bus: corta, no vermelho, a Av. Amor
Credi-bus: financiada subsistência, postergada decadência
Pax-nibus: calada dúvida, solidária dívida
Réu-nibus: penalizada rota, iminente bancarrota
INRI-bus: ponto final.

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