Vanda curtia Aline
que brincava com Tob
que vivia na praia.
Na praia também tinha Jorge,
marido de Vanda,
ele tinha uma banda
Filhos de Luanda.
Aline também tinha um par:
Eraldo, filho do Homem do Mar,
que pescador tentou lhe tornar,
mas ele só era homem no bar.
Do bar também era Tob,
herança de Zé do Bigode
que abandonou o bar, Tob e um bode
depois de levar um sacode.
Numa noite de raios no céu
lá mesmo na Vila Isabel
Aline tentou carregar
Eraldo de volta pro lar.
O cara não aceitou muito bem
a invasão do seu santuário
chamou Aline de puta
e ela, ele de otário,
avançou pra cima qual bicho
mirando só no pescoço
pegou a faca da mesa
só tinha uma certeza
rasgar o cabra até o osso.
Jorge que tocava essa noite
na ânsia de ajudar o patrão
correu pra conter o ataque
jogando Aline no chão.
Vanda que acompanhava o marido
não acreditou na cena
ao ver cair sua pequena
passando a mão na garrafa
acabaria com aquela festa
acertou Eraldo na testa.
A confusão foi generalizada
entrou toda a rapaziada
era gente brigando na mão
o povo descendo o cacete
era pau, pedrada e porrete
até mesmo Ana Viúva
que era tida como tonta
meteu logo o guarda-chuva
pena que não tinha ponta.
Só não deu morte, por sorte
ou pela chegada da Lei,
chamada por Dona Júlia
além da radiopatrulha
clamava a presença dos Céus.
Deus a dedo escolheu um trovão
mandou logo o treme-chão
mergulhando toda região
numa grande escuridão.
A desordem aumentou de vez
a porta ficou pequena
passavam de três em três
não dava pra fazer cena.
O bar foi esvaziando
ficou só um urubu,
Eraldo de testa inchada
e Jorge com cara de cu.
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