quinta-feira, 27 de junho de 2013

N ã


E nela, por mais que eu tentasse me habituar, havia um defeito que me deixava desconcertado: Sua beleza lhe conferia feições simples e delicadas porém era muito mais pesada do que o que ela conseguia carregar e a fez sua refém.
Seu olhar terno e seu sorriso franco: duras armadilhas.
Ela é dessas pessoas que definem o ambiente: quando está bem cria o paraíso e, quando não, faz-se as trevas.
Não estende a si, o mesmo rigor com o qual julga aos outros
Impõe-se descuidadamente restrições, regras, ordenação para as coisas; teme o inesperado.
Precisa de movimento, gosta de liberdade. Não sabe negociar. Se apertada, foge da raia. Inteligente. Ótima companhia.
Às vezes dá um medo enorme quando vem a sensação de que só há ela dentro de seu coração.
Cobra muito bem, manda com firmeza, obedece com dificuldade. Surpreende-se, não conhece bem quem a cerca.
É "viva", mas tem preguiça.
AMA animais.
Não discute suas rigidezes. Ouve mal.
Fascina a quem se aproxima. Lida muito melhor com superficialidades do que com profundidades.
Da mãe puxou o brilho, o bom gosto, a sensibilidade seletiva, os segredos da boa combinação, o português preciso e a organização (quando quer); do pai, o orgulho, os olhos e uma leve irresponsabilidade perante a vida; construiu-se com o amparo do irmão. Tem neles seu castelo, seu porto seguro mas comporta-se como se não precisasse de ninguém - precisa, e nem sempre se lembra disso.
Mente, às vezes

2 comentários:

Hai disse...

Mire-se no exemplo daquelas mulheres...suas pequenas, Helenas...

Luma Rosa disse...

Oi, Grã!
Há de ter um defeito, pois não é que esse defeito também pode ser uma qualidade?
Bom fim de semana!!
Beijus,