quarta-feira, 25 de maio de 2016

Carta #3


Oi Baby,

Faz tão pouco tempo que você me deixou
quase vejo seu vulto entre uma porta e outra.
Seu cheiro me busca para dormir.
Acordo à noite e ouço seu ronronar manso, de quem dorme sem culpas.
A vida era fácil a seu lado, seu jeito de ver as coisas mudava tudo.

Lembra quando falava que não me amava?
Eu fazia cara triste, ameaçava chorar
depois ríamos muito,
mesmo sabendo que nada daquilo era bricadeira, ríamos
e brincávamos de não saber.

No dia que você entrou em casa eu soube que você iria embora,
não havia o brilho do amor pra sempre.

Você deixou a bolsa sobre a cadeira da cozinha
revelando seu plano de fuga,
ficava claro que
mais dia, menos dia
deixaria tudo pra tras,
só levaria a bolsa e olhe lá.


Grã

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